Atenas ; A economia da Grécia encolheu mais que o esperado no segundo trimestre e o desemprego subiu para 12%, refletindo o impacto das medidas de austeridade acertadas com credores para superar a crise financeira do país.
Estimativas iniciais divulgadas pelo serviço de estatísticas grego ontem mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,5% entre abril e junho, e economistas cujas projeções se centravam em uma contração de 1% disseram que as coisas ainda podem piorar antes de melhorar.
;Nós pensamos que o maior impacto sobre o consumo privado a partir da política fiscal apertada ainda está à frente de nós;, disse Giada Giani, economista do Citigroup. ;Nós esperamos que o crescimento(1) permaneça negativo pelo resto do ano, com um declínio médio de cerca de 3,5% em 2010;.
Até agora, a Grécia conseguiu reunir a vontade política necessária para implementar as reformas fiscais e está caminhando para cumprir o objetivo de reduzir o deficit orçamentário para 8,1% do PIB, de 13,6% no ano passado.
O aperto de cinto ajudou a cortar 45% do deficit orçamentário no primeiro semestre. Isso gerou elogios de colegas da Zona do Euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que socorreram a Grécia com um pacote de 110 bilhões de euros em maio para evitar uma crise de dívida mais ampla nas 16 nações do bloco monetário.
1 - Espanha com mais arrocho
A Espanha vai precisar fazer cortes orçamentários adicionais em 2011 e não pode ser excessivamente otimista sobre as perspectivas para o crescimento, disse o membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) José Manuel Gonzalez-Paramo. ;Todos concordam, mesmo o governo, que em 2011 e nos anos seguintes medidas orçamentárias adicionais serão necessárias;, disse ele à agência Europa Press. A Espanha anunciou medidas de austeridade de cerca de 65 bilhões de euros para reduzir seu deficit para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, ante 11,2% em 2009.