As principais bolsas europeias caíram com força hoje (11/8) e Wall Street acompanhou a tendência, em um mercado cada vez mais preocupado com a situação econômica dos Estados Unidos.
Na Europa, as perdas foram lideradas pela Bolsa de Madri, cujo índice Ibex-35 caiu 3,21%, para se situar nos 10.374,8 pontos no fim da sessão.
O CAC-40 da Bolsa de Paris também sofreu uma forte baixa de 2,74%, enquanto o Footsie-100 de Londres perdeu 2,44% e o índice Dax de Frankfurt caiu 2,01%.
A Bolsa de Nova Iorque também fechou em baixa. O Dow Jones perdeu 2,49%, e o Nasdaq, 3,01%.
O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou ontem que retomaria algumas medidas de apoio à economia, a fim de sustentar o ritmo da recuperação, que segundo o banco central "desacelerou-se".
Como se esperava, o banco central manteve inalterada a taxa básica de juros, próxima de zero, patamar em que se encontra desde dezembro de 2008, e reiterou que prevê mantê-la nesse nível ainda por longo tempo.
Se o panorama já não era muito auspicioso, a notícia de um aumento mais forte que o previsto do déficit comercial americano inquietou ainda mais os mercados.
O déficit comercial americano subiu em junho pelo terceiro mês consecutivo para ficar em US$ 49,9 bilhões, muito mais que o previsto pelos analistas, segundo dados publicados nesta quarta-feira pelo Departamento de Comércio de Washington.
O Banco da Inglaterra estimou que a reativação continuará na Grã-Bretanha, apesar de em um ritmo mais fraco que o previsto anteriormente, segundo relatório trimestral divulgado nesta quarta-feira.
"A perspectiva mais provável para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é mais frágil que a indicada no relatório de maio, refletindo a fragilidade da confiança das empresas e dos consumidores, um ritmo mais rápido do saneamento orçamentário e uma melhora mais lenta das condições de crédito", explicou o banco central britânico.
As más notícias impactavam também as bolsas latino-americanas. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou em queda de 2,13%, a 65.790 pontos.
Mais cedo, a bolsa de Tóquio fechou em queda de 2,7%, em um momento em que o iene se valoriza e as estatísticas publicadas horas antes confirmam a persistência da instabilidade econômica no país, segundo os corretores.