Os preços do petróleo passaram ao verde no fechamento do pregão de hoje (30/7) em Nova Iorque, apesar das cifras decepcionantes de crescimento nos Estados Unidos, atenuadas pela aceleração da atividade na região de Chicago, ganhando 59 centavos, assim como em Londres.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em setembro fechou em US$ 78,95, ganhando 59 centavos em relação à ontem, em segunda sessão consecutiva de alta.
No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte também ganhou 59 centavos, fechando em US$ 78,18.
O WTI conseguiu voltar ao verde no fim do dia, sem que houvesse um fator específico para impulsioná-lo, segundo Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
"Claramente, nesta manhã os preços reagiram aos dados do PIB, que não atenderam às expectativas e, como consequência, os preços retrocederam", lembrou o analista.
"Mas parece que nesta tarde os investidores olharam a demanda por gasolina e por produtos destilados desta semana, assim como os resultados das empresas, e perceberam que, provavelmente, as coisas não vão tão mal", completou.
Publicados antes da abertura do mercado nova-iorquino, os dados do crescimento americano mostraram uma expansão da atividade de 2,4% contra 2,5% esperados. Trata-se da taxa mais baixa desde o terceiro trimestre de 2009 e de uma desaceleração em relação ao trimestre anterior ( 3,7%).
A ideia de uma recuperação frágil inquieta os operadores do mercado petroleiro, que se questionam sobre o vigor do crescimento da demanda. O inesperado retrocesso da produção industrial do Japão em junho também contribuiu em um primeiro momento para aumentar a pressão sobre o mercado.
Mas essas cifras foram seguidas na manhã por uma boa surpresa: a atividade econômica na região de Chicago se acelerou em julho, segundo o índice ISM, uma boa notícia antes dos indicadores nacionais esperados para a próxima semana.