A Bolsa de Nova Iorque fechou em baixa hoje (29/7), no fim de uma sessão volátil, quando a prudência prevaleceu nas vésperas do anúncio do crescimento dos Estados Unidos no segundo trimestre. O Dow Jones perdeu 0,29% e o Nasdaq, 0,57%.
Segundo dados definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Average perdeu 30,72 pontos, a 10.467,16 pontos, e a bolsa eletrônica Nasdaq caiu 12,87 pontos, a 2.251,69 pontos.
O índice ampliado Standard & Poor;s 500 caiu 0,42% (4,60 pontos) a 1.101,53 pontos.
Em alta na abertura, os índices da praça nova-iorquina tiveram uma sessão extremamente agitada, acumulando perdas no meio da sessão, antes de oscilar em torno do equilíbrio até a última meia hora de operações.
"Os dados de crescimento provavelmente serão mais fracos que o esperado, em consequência, o mercado mostra-se prudente e tenta preparar-se para essa má notícia", afirmou Marc Pado, da Cantor Fitzgerald.
No entanto, terminou em leve queda apenas, "porque do lado positivo, continuamos tendo bons resultados de empresas e um cenário de frágil crescimento", completou.
Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre devem ser publicados na sexta-feira às 12h30 GMT (9h30 de Brasília), antes da abertura de Wall Street. Os economistas esperam em média um aumento do PIB de 2,5% (em ritmo anual) em relação ao primeiro trimestre.
A tendência foi condicionada por "resultados de empresas que decepcionaram", observou Gregori Volokhin, da Meeschaert New York. "O mercado tinha subido, impulsionado pelos resultados de empresas que superavam as previsões, agora temos dois ou três que decepcionaram".
O fabricante de microprocessadores NVidia (-9,87%) e o fabricante de programas antivírus Symantec (-11,18%) foram particularmente sancionados pelo mercado, assim como o grupo Colgate Palmolive (-6,84%), muito sensível às perspectivas de consumo.
Outra notícia inquietante, um governador do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), James Bullard, estimou que os Estados Unidos estão mais perto do que nunca de uma deflação "à japonesa", propondo novas compras de títulos do Tesouro por parte do banco central.
No mercado obrigatório, que se manteve quase estável, o rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos ficou em 2,999% contra 3,001% na noite de ontem e os títulos de 30 anos a 4,080% contra 4,068%. O rendimento das obrigações evolui no sentido oposto aos preços.