Jornal Correio Braziliense

Economia

Agora está mais fácil mandar dinheiro para filho que estuda no exterior

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprova medida que pode facilitar o envio de recursos financeiros das famílias com filhos que estudam no exterior. Voto aprovado hoje (29/7) pelo conselho reconhece como de interesse do governo brasileiro a constituição do Banco Western Union do Brasil e de corretora com o mesmo nome.

A Western Union já atuava em conjunto com o Banco do Brasil e passará, se a medida for aprovada pelo presidente Lula, a trabalhar diretamente com esse tipo de atividade no país. A medida também vale para as pessoas que querem fazer remessas de recursos ao exterior e não compromete a parceria já existente da Western Union com o Banco do Brasil.

;Os estudos que se têm é que há uma demanda muito grande, pois existem pessoas que levam e trazem recursos pessoalmente. Os bancos brasileiros não têm a capilaridade que tem a Wetern Union no exterior, que tem uma presença exponencial em todos os países;, disse Luiz Edson Feltrim, chefe de departamento da Organização do Sistema Financeiro do Banco Central.

Ele explicou ainda que poderá haver redução nos custos e rapidez nas operações que deixarão de passar por uma terceira instituição. ;Será direto da Western Union para a Western Union no Brasil. Em quatro ou cinco anos, eles pretendem ter cerca de 3 mil pontos no país;, afirmou.

Em outra medida, o Conselho Monetário Nacional ampliou o limite de crédito das empresas do grupo Eletrobras no sistema financeiro. O limite que era de R$ 2,042 bilhões foi ampliado em mais R$ 77 milhões para atender a necessidade de recursos de uma subestação de energia elétrica nos municípios de Camaçari, na Bahia, e de Jorge Teixeira Lechuga, no Amazonas.

Uma terceira medida amplia o limite de garantias para as empresas do setor elétrico que fazem parte do Programa de Geração e Transmissão de Energia Elétrica no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Agora, as estatais que têm participação em sociedades de propósito específico poderão dar como garantia o percentual que têm nessas sociedades formada para atender o setor elétrico. Com isso, foram elevadas as garantias do setor público de R$ 11 bilhões para R$ 22 bilhões, incluindo os estados, municípios e o Distrito Federal.