Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) destaca que são decrescentes os riscos para a consolidação de um cenário de aumento da inflação. Esses riscos, afirma o comitê, são derivados da expansão da demanda doméstica por bens e serviços, em descompasso com a oferta.
;É plausível afirmar, entretanto, que os fatores de sustentação desses riscos mostram desaceleração na margem;, diz a ata da última reunião do Copom, divulgada nesta quinta-feira (29/7). A ata traz a justificativa para o abrandamento do aperto monetário. Na semana passada, o comitê elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual para 10,75% ao ano, depois de duas elevações de 0,75 ponto percentual em abril e em junho deste ano. O Copom eleva a Selic para controlar a inflação, em ambiente de aquecimento da economia.
Na ata, o Copom destaca que houve recuo nas projeções de inflação. ;O Copom considera que esse processo deva ser intensificado e, para tanto, precisam ser revertidos os sinais de persistência do descompasso entre o ritmo de expansão da demanda e da oferta agregadas, que, em última instância, tendem a aumentar o risco para a dinâmica inflacionária.;
Nesse sentido, afirma a ata, ;a postura de política monetária deve ser ajustada, haja vista que essa iniciativa contribui para a convergência entre o ritmo de expansão da demanda e da oferta;.
O Copom também avalia que a atividade econômica brasileira está em compasso menos intenso do que o observado no início do ano.