Jornal Correio Braziliense

Economia

Paulo Bernardo não vê necessidade de novas altas da taxa de juros

Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira (22/7) que não vê necessidade de um novo aumento da taxa básica de juros - Selic - por parte do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Ele lembrou que a grande preocupação do BC é em relação à inflação no país, mas, em junho, o índice não variou e, na primeira prévia de julho, ficou em 0,09%.

;Isso significa que, de fato, a inflação voltou a patamares de controle;, afirmou o ministro após participar do programa de rádio Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.

Paulo Bernardo voltou a afirmar que a economia brasileira deve crescer cerca de 6,5% este ano, podendo chegar a 7%. ;De forma alguma há descontrole. O Copom toma medidas de precaução, mas a tendência é acomodar essa situação [dos juros];, completou.

[SAIBAMAIS]Nesta quarta-feira (21/7), o Copom elevou a Selic em 0,5 ponto porcentual, abaixo da expectativa de boa parte dos analistas econômicos, que esperava um aumento de 0,75%. Para o ministro, isso pode ser um indicativo de que o órgão já reconhece uma desaceleração do ritmo de crescimento da economia.

;A coisa melhorou muito. Vamos ter uma inflação ao redor de 5% [em 2010]. A economia, com o perdão da palavra, está bombando. Isso é muito bom porque significa emprego, dinheiro girando. Esse ano vai ser um ano para ser comemorado, em termos de resultado da economia;, disse Paulo Bernardo.

Sobre o aumento do crédito imobiliário no país, o ministro descartou a possibilidade de ser uma ;bolha; como a que foi registrada no mercado de imóveis dos Estados Unidos, e que estourou no início da crise financeira internacional. Ele lembrou que o crédito imobiliário brasileiro representa pouco mais de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Nos Estados Unidos, ultrapassa 70%. ;Temos um espaço para crescer 12% ou 15% sem qualquer problema. Não há nenhum risco;, garantiu.