Os países ricos reduziram levemente o financiamento de programas de luta contra a Aids nos Estados pobres em 2009, a US$ 7,6 bi contra US$ 7,7 bi em 2008, segundo um relatório publicado neste domingo (18/7) à margem da Conferência Internacional sobre a Aids em Viena.
A quantia de US$ 7,6 bi foi fixada pelos membros do G8 (os países mais industrializados e a Rússia), a Comissão Europeia e outros doadores.
"Os países doadores se mostraram muito prudentes no ano passado em termos de financiamento de programas contra a Aids, mas não reduziram globalmente as contribuições, apesar de ter de se ocupar da tsunami econômica que resultou numa recessão mundial", enfatizou Drew Altman, diretor da Fundação Kaiser Family, que elaborou o informe junto com a organização ONUAids.
"O futuro dirá se o apoio financeiro retomará o crescimento rápido quando se tiver lançado a reativação econômica", acrescentou.
Dos US$ 7,6 bi de dólares do ano passado, os governos dos países doadores desenbolsaram US$ 5,9 bi em ajudas bilaterais e por meio de organizações multilaerais; US$ 1,6 bi passou pelo Fundo Monetário de Luta contra a Aids, a Tuberculose e a Malária, e US$ 123 mi por meio da organização UNITAID.
França, Canadá, Alemanha, Irlanda, Itália e Holanda figuram entre os países que diminuíram as contribuições. Mas essas reduções foram compensadas por um aumento da ajuda fornecida pelos Estados Unidos, cuja contribuição passou de US$ 3,95 bi em 2008 a US$ 4,4 bi no ano passado.
O relatório estima que os países pobres necessitavam em 2009 para esta causa um total de US$ 23,6 bi.