O nível de emprego na indústria brasileira subiu pela quinta vez consecutiva. Em maio, a taxa foi de 0,3%. Em relação ao mesmo mês de 2009, a expansão do emprego no setor foi de 4,2%, a quarta taxa positiva consecutiva. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda na comparação com maio do ano passado, o número de contratações na indústria aumentou em todos os 14 locais pesquisados pelo IBGE, sendo que a abertura de postos de trabalho foi maior em São Paulo (3,3%), cujo parque industrial responde por cerca de 40% de todo o setor no país. Na indústria paulista, as atividades que mais contrataram pessoal foram de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,7%), têxtil (10,3%), meios de transporte (4,9%) e de alimentos e bebidas (3,1%).
A Região Nordeste veio logo depois, com o segundo maior número de contratações. Lá, as atividades que se destacaram foram calçados e couro (15,4%) e de alimentos e bebidas (7,0%).
Mesmo com essa trajetória de alta do nível de emprego na indústria, a folha de pagamento dos trabalhadores registrou recuo de 0,8% na passagem de abril para maio. Já em relação a maio de 2009, houve avanço de 3,7%, o quinto resultado positivo consecutivo. Segundo o IBGE, esse aumento de 3,7% na folha de pagamento da indústria atingiu 11 dos 14 locais pesquisados.
De acordo com nota divulgada pelo IBGE, o maior impacto positivo sobre a média global veio de São Paulo. Por outro lado, as maiores pressões negativas foram observadas no Rio de Janeiro e na Região Nordeste, devido à redução no valor da folha de pagamento da indústria extrativa e do setor de refino de petróleo e produção de álcool, ambos influenciados por uma base de comparação elevada por conta do pagamento de lucros e de resultados em maio de 2009.