Jornal Correio Braziliense

Economia

Resultado da produção industrial em maio deve ser visto como acomodação, diz técnico

Rio de Janeiro - A estabilidade da produção industrial em maio deve ser vista como uma acomodação e não como indicativa do início de uma retração. A opinião é do técnico da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.

;Em abril a produção industrial cresceu apenas 0,7% e em maio, [zero], mas esses dois resultados devem ser interpretados como uma acomodação após um crescimento importante nos quatro meses anteriores. Estes resultados não configuram trajetória descendente do setor industrial, porque outros indicadores permanecem com trajetória ascendente;.

Macedo lembrou que as pressões negativas vieram dos bens de consumo semi e não duráveis, em função de quedas pontuais ou programadas, como foi o caso das refinarias de petróleo.

Das 27 atividades pesquisadas, 16 expandiram a produção, com destaque para bebidas (4,8%), material eletrônico e equipamentos de comunicação (6,1%), veículos automotores (1,4%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (5,7%).

O segmento que apresentou o maior recuo foi o de refino de petróleo e produção de álcool (-4,6%), seguido pela indústria de alimentos (-1,7%), após acumular crescimento de 8,3% nos últimos quatro meses.

De janeiro a maio, a produção industrial acumula alta de 17,3%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A alta, segundo o instituto, reflete o bom desempenho de 25 das 27 atividades investigadas e de cerca de 78% dos produtos pesquisados. A produção de veículos automotores (34,7%) permaneceu com o maior impacto positivo.