A Câmara de Representantes dos Estados Unidos deu sua aprovação final, esta quarta-feira (30/60, para a maior reforma de Wall Street desde a Grande Depressão, nos anos 1930, deixando o histórico projeto de lei nas mãos do Senado.
Os legisladores aprovaram por 237-192 a legislação que o presidente americano, Barack Obama, elegeu como sua prioridade na política interna e uma arma para desafiar seus adversários republicanos com vistas às eleições de novembro.
O Senado americano deveria aprovar a medida depois do feriadão de 4 de julho, numa corrida contra o tempo pelos 60 votos necessários para garantir sua aprovação independentemente de quaisquer táticas delatórias dos republicanos. "A farra acabou. Nunca mais a irresponsabilidade em Wall Street vai provocar desemprego nos negócios", disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, antes da votação.
"Nunca mais o comportamento arriscado de uns poucos vai ameaçar a estabilidade financeira das nossas famílias, nossos negócios ou nossa economia como um todo", reforçou.
Na sexta-feira, os legisladores americanos já haviam chegado a um acordo, após uma última negociação sobre a versão final da mais ampla reforma de regulamentação do sistema financeiro.
Após uma maratona de vinte horas, 43 legisladores das duas câmaras do Congresso reunidas em conferência, acertaram um texto de compromisso nas primeiras horas da sexta.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou o avanço, afirmando que a reforma fará com que Wall Strett seja mais responsável. "Temos observado o que ocorre quando Wall Street está mal regulada e não é suficientemente transparente", afirmou na ocasião.