A probabilidade de a inflação ultrapassar o limite superior da meta (6,5%) para este ano é de 12%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quarta-feira (30/6) pelo Banco Central (BC). Para 2011, esse percentual sobe para 17%.
Essas probabilidades são do cenário de referência, elaborado com base na suposição de que a taxa básica de juros, a Selic, será mantida em 10,25% ao ano e a taxa de câmbio permanecerá em R$ 1,80.
No cenário de mercado, em que são usadas as trajetórias de projeções de analistas do sistema financeiro para as taxas Selic e de câmbio, a probabilidade de a inflação superar o limite superior da meta é de 7%. Em 2011, a possibilidade é de 16%.
A meta de inflação, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, tem centro de 4,5%, com limite inferior de 2,5% e superior de 6,5%. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e, para isso, usa como instrumento de controle a Selic. O BC aumenta essa taxa quando considera que a inflação está em alta, em situação de economia muito aquecida.