Apesar do contínuo aumento na base de assinantes de celulares no país e dos avanços tecnológicos que impulsionam o setor, o brasileiro ainda se mostra reticente quanto ao uso do telefone móvel para realizar atividades corriqueiras do dia a dia, como o pagamento de contas. Segundo uma pesquisa da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de São Paulo (Procon-SP), 75,56% dos consumidores não consideram seguro usar o aparelho como uma espécie de carteira eletrônica para pagar faturas em estabelecimentos comerciais.
Fatores como a falta de conhecimento sobre o sistema m-payment (nome em inglês para pagamento móvel) e de confiabilidade na transação móvel são apontados como os principais desestimulantes. Segundo a técnica da fundação Cristina Rafael Narti, embora inovador, o sistema não está imune a falhas, já que consiste em transmissão de informações pessoais e senhas num ambiente virtual. ;Os primeiros lugares nas listas de reclamações dos Procons são justamente as operadoras de telefonia e as instituições financeiras, o que aumenta ainda mais a desconfiança do cliente no momento de adotar essa atividade;, apontou.
Cristina lembra que o brasileiro é receptivo ao uso de novas tecnologias, mas questões que envolvem operações bancárias em ambientes online ainda deixam o usuário reticentes. ;Mesmo os pagamentos por internet ainda são vistos com certa desconfiança;, disse. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), apenas 14% dos clientes costumam realizar transações regulares por internet banking.
Cautela
Para o diretor executivo de produtos da Visa do Brasil, Percival Jatobá, a cautela é natural. ;A tecnologia ainda está em fase embrionária no país e por isso muita gente ainda desconhece o potencial da ferramenta;, admitiu Jatobá, explicando que fatores como a padronização de sistemas e a interoperabilidade (possibilita que clientes de diferentes empresas utilizem o mesmo tipo de tecnologia) são fundamentais para o aumento de demanda para o serviço. ;Assim como a internet e o cartão de plástico, o celular é apenas mais um meio para se efetuar uma operação. Toda a questão de segurança que envolve os outros recursos também está presente e devidamente certificada no pagamento por celular.;
IGP-M MENOR
; A taxa de inflação que é usada para reajustar o valor do aluguel desacelerou em junho, fechando em 0,85% ; em maio, o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) havia variado 1,19%. A despeito da subida menor, ele acumula alta de 5,17% em 12 meses. Esse será o tamanho do aumento nos contratos de aluguel que vencem no próximo mês. A expectativa é de que o indicador encerre o ano acima do teto da meta para a inflação oficial, de 6,5%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Apenas nos primeiros seis meses do ano, o IGP-M acumula elevação de 5,68%. (VM)