Os preços do petróleo fecharam em forte baixa nesta terça-feira (29/6) em Nova York, com o barril perdendo 2,31 dólares, para 75,94 dólares, derrubado pelo ânimo dos mercados financeiros frente a uma recuperação mundial que parece cambaleante.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de "light sweet crude" para entrega em agosto fechou em 75,64 dólares, em baixa de 2,31 dólares em relação à véspera.
"Temos um conjunto de dados econômicos percebidos como indicações à baixa", explicou Antoine Halff, da Newedge Group.
A China, que deverá concentrar dois terços do crescimento da demanda energética da próxima década, foi o foco de grande parte das inquietações.
O instituto de conjuntura privado Conference Board revisou para baixo seu índice composto sobre as perspectivas de crescimento da China para abril, que ficou em 0,3%, contra uma primeira estimativa de 1,7%.
Nos Estados Unidos, primeiro país consumidor de petróleo, o índice de confiança dos consumidores caiu ao nível mais baixo desde março. No Japão, a produção industrial e o consumo dos lares caiu em maio.
Esse conjunto de estatísticas medíocres atingiu os mercados de ações do mundo inteiro. Também afetou o dólar, moeda em que se comercializam as matérias-primas, o que as torna menos atrativas para os compradores que utilizam outras moedas.
A passagem da tempestade tropical Alex no Golfo do México, que concentra um quarto da produção de petróleo dos Estados Unidos, ficou em segundo plano.
A tempestade, que gerou ventos de aproximadamente 110 km/h, esteve na terça-feira a ponto de se transformar em um furacão, segundo os serviços meteorológicos americanos.
Mas, "está claro que Alex não vai perturbar seriamente a produção de hidrocarbonetos", afirmou Phil Flynn, da PFG Best Research. "As operações de limpeza (da mancha de óleo) da BP vão ficar mais lentas, mas globalmente, poderia ter sido pior".