Jornal Correio Braziliense

Economia

Sarkozy exige redução drástica de gastos e confirma cancelamento da festa do 14 de julho

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou nesta segunda-feira (28/6) um corte "drástico" nos gastos do Estado e ameaçou ministros de sanções no caso de utilização abusiva do dinheiro público.

Sarkozy, que vem impondo medidas de austeridade na gestão do Estado, pediu, em carta pública, ao primeiro-ministro François Fillon pôr em prática as iniciativas.

"(...) Despesas injustificadas ou excessivas não têm razão de ser no contexto atual. Um euro público deve ser um euro útil e legítimo. Temos esse dever para com os contribuintes", explicou o presidente.

"No momento no qual nossos cidadãos são atingidos pela crise, o Estado deve, mais do que nunca, dar o exemplo", destacou, a dois anos da próxima eleição presidencial.

Anunciou que os ministros pagarão suas despesas privadas "com os próprios rendimentos pessoais, não com o dinheiro público". "A violação desta regra será imediatamente punida", ameaçou Nicolas Sarkozy.

Também anunciou a supressão do uso de "10.000 veículos oficiais e de 7.000 apartamentos funcionais até 2013", solicitando que os deslocamentos dos ministros sejam "estritamente justificados", encorajando o uso dos transportes ferroviários e demais serviços do Estado.

Pediu a redução ao "mínimo" do número de cerimônias, recepções ou manifestações e cancelou "este ano" a grande festa do 14 julho, a data nacional francesa, no palácio do Eliseu, tradicional encontro político-mundano, que chegou a custar 700.000 euros no ano passado.