O crescimento da economia brasileira continua forte. Segundo o índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) ; indicador mensal criado recentemente para tentar antecipar a tendência do Produto Interno Bruto (PIB), que só é divulgado trimestralmente ;, nos primeiros quatro meses do ano a variação foi de 10,5% na comparação com o mesmo período de 2009, acumulando alta de 10,87% nos 12 meses terminados em abril. De março para abril a variação foi de 0,3%.
Segundo Luíza Rodrigues, economista do banco espanhol Santander, dados dessa magnitude indicam que, ao contrário do que alguns esperavam, o fim dos benefícios fiscais no primeiro trimestre do ano não foi suficiente para desacelerar significativamente a economia. Os economistas do Santander estimam para o PIB uma alta entre 1,2% e 1,3% em relação ao primeiro trimestre.
A economista disse esperar, para maio, uma elevação ainda maior do novo índice criado pelo BC. ;Em abril a produção industrial caiu, mas em maio deve apresentar forte recuperação;, observou. De acordo com Luíza, a produção industrial é um dos ingredientes que o BC utiliza para calcular o IBC-Br. Para a economista não há qualquer indicação de que a economia perdeu o passo. Daí que, para controlar a inflação, o aperto monetário será maior.