O gigante automotivo japonês Toyota perdeu um caso no qual tentava controlar o fluxo de provas contra a empresa por parte de advogados americanos, em uma audiência celebrada esta quarta-feira no âmbito de um processo federal relacionado com carros defeituosos.
A decisão da quarta-feira foi lida pelo juiz da corte distrital de Santa Ana (Califórnia), James Selna.
A Toyota também foi obrigada a garantir aos revendedores autorizados que conservem todos os registros de manutenção e reparos dos veículos que, segundo os demandantes, demonstrarão que a empresa sabia que estava fabricando e vendendo carros com falhas de design eventualmente letais.
O processo conta com mais de 230 casos contra a Toyota.
A primeira parte dos documentos que serão publicados estarão relacionados, sobretudo, aos modelos Toyota Camry.
Segundo o advogado demandante Wylie Aitken, o repúdio da Toyota em apresentar todas as provas juntas e seu argumento de que os revendedores não são seus empregados, fazem parte de uma "estratégia para complicar e dividir o problema", disse aos jornalistas fora da corte.
"Os revendedores não são nossos funcionários, não são nossos agentes, não temos controle sobre eles", disse a advogada da Toyota Lisa Gilford, durante a audiência.
A Toyota fez ;recall; em 10 milhões de veículos no mundo todo desde que, no ano passado, surgiram problemas de segurança em seus carros e teve que pagar um recorde de 16,4 milhões de dólares para selar um caso relacionado com o acelerador de alguns modelos que deixaram dezenas de mortos.