Os setores econômicos de serviços, agricultura, indústria de transformação, comércio e construção civil foram os principais destaques na geração de empregos no mês de maio, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (21/6). Com 298 mil empregos formais criados, foi o melhor mês de maio na série histórica do cadastro, quando foi registrado crescimento em todos os 25 subsetores analisados.
Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o setor de serviços abriu, sozinho, 86,1 mil vagas , número 49% maior do que o último recorde nesta área, registrado em 2005. Já o crescimento do emprego na agricultura foi beneficiado por fatores sazonais relacionados à produção de café e cana de açúcar em São Paulo. As indústrias de material de transportes, de borracha, mecânica, metalúrgica e de produtos alimentícios foram as principais responsáveis pelo desempenho destacado da indústria de transformação, que gerou ao todo 62,2 mil postos de trabalho em maio.
O comércio varejista também puxou os números para cima, gerando sozinho mais de 38 mil empregos. Acrescentando os postos gerados pelos atacadistas, o comércio foi responsável por 43,6 mil empregos a mais em maio. Por fim, o aquecimento da construção civil provocou o quinto mês consecutivo de recorde na geração de empregos no setor, com 39 mil postos novos.
;O Brasil não é só indústria, é muito forte no comércio, no serviço, na construção civil, que garantiram o saldo positivo na crise e vão continuar garantindo este ano. Antigamente diziam que o país só gerava empregos entre os trabalhadores de baixa remuneração. Agora nós conseguimos inverter isso e estamos gerando altos salários e empregos em postos que o trabalhador fica muito tempo empregado;, afirmou o ministro em coletiva de imprensa.
Todas as regiões do país apresentaram números positivos no Caged. Entre os estados, apenas Amapá e Roraima perderam postos de trabalho com carteira assinada: 160 e 117 vagas a menos, respectivamente.