Ao prever investimentos de US$ 224 bilhões nos próximos cinco anos, média de US$ 44,8 bilhões ao ano, o Plano de Negócios 2010-2014 anunciado nesta segunda-feira (21/6) pela Petrobras objetiva dobrar o tamanho da empresa nos próximos dez anos, elevando a produção diária de petróleo e gás da companhia no Brasil e no exterior para 5,4 milhões barris correspondentes (contra os atuais 2,7 milhões de barris).
A informação foi dada pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, ao destacar as principais características embutidas no novo Plano de Negócios, apresentado ao mercado nesta segunda-feira (21). Do montante aprovado, que representa um aumento de 20% em relação ao plano anterior, US$ 31,6 bilhões são referentes a novos projetos, dos quais 62% ( 19,7 bilhões) dedicados para a área de Exploração e Produção (E).
;O novo plano mantém as metas de crescimento para a companhia, incluindo os recursos necessários para a exploração e o desenvolvimento das descobertas já licitadas do pré-sal. A nossa intenção é, além de aumentar a produção, ao mesmo tempo aumentar também as reservas, o que justifica a concentração de recursos na atividade de E;.
No total, o segmento de E receberá investimentos de US$ 118,8 bilhões, 14% a mais em relação ao Plano de Negócio 2009-2013. Na avaliação de Gabrielli, esse dinheiro vai ;garantir a descoberta e a apropriação de novas reservas, além de desenvolver a produção do pré-sal da Bacia de Santos e viabilizar a intensificação dos esforços exploratórios nas outras áreas do pré-sal e em novas fronteiras no Brasil e no Exterior;.
Para o pré-sal, a estatal prevê investimentos de US$ 33 bilhões, dos quais 83% (US$ 25,8 bilhões) serão destinados ao desenvolvimento da produção e US$ 4,3 bilhões (14%), ao de exploração. Os dados indicam, ainda, que para a área do pós-sal estão previstos recursos que totalizam US$ 75,2 bilhões, sendo 67% (US$ 52,1 bilhões) para o desenvolvimento da produção e 18% (US$ 13,7 bilhões) para a área de exploração.
O segmento Refino, Transporte e Comercialização (segunda maior área em investimentos) deve receber US$ 73,6 bilhões. Neste caso, a empresa manteve a estratégia de expandir a capacidade de refino, buscando o equilíbrio com o crescimento da produção de petróleo, adequando as refinarias para atender aos níveis de qualidade dos produtos e ao crescimento do mercado interno.