Os preços do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, depois que a China declarou sua disposição de dar mais flexibilidade ao iuane, levando certo otimismo sobre a demanda de matérias-primas.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em julho fechou em 77,82 dólares, alta de 64 centavos.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em agosto, ganhou 60 centavos, para 78,82 dólares.
"De forma geral, os mercados de matérias-primas evoluíram para cima" depois que a China anunciou sua decisão de permitir uma maior flexibilização do iuane, afirmou Bart Melek, da BMO Capital Markets.
"Quando a China diz que valorizará sua moeda, de certa forma é um voto de confiança na economia mundial, deve ter confiança na perspectiva das exportações", explicou o analista.
A hipótese levantada pelo mercado é de que essa decisão favorecerá a demanda por energia.
"As pessoas esperam que o iuane se fortaleça, o que tornaria as mercadorias chinesas um pouco mais caras, mas sustentaria a atividade industrial na Europa e Estados Unidos", aumentando a demanda por energia nesses países, previu Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
Além disso, "se a China centra sua atenção em sua própria produção nacional, pode-se esperar que a demanda por petróleo no país continue aumentando sem obstáculos", completou o analista.
Contudo, a alta dos preços atenuou-se na medida em que o dia avançava, enfrentando uma barreira ao aproximar-se dos 79 dólares, registrando 78,92 dólares na sessão. Os preços do petróleo foram posteriormente alvo de realização de lucros, segundo Bart Melek.
"Também existe um certo grau de ambiguidade. Os operadores do mercado tentam determinar em que medida isso é concreto", afirmou o analista.