Jornal Correio Braziliense

Economia

Petróleo fecha em alta em NY ante fortalecimiento do euro

Os preços do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (14/6) em Nova York, com o barril de referência superando os 75 dólares, sustentados pelo fortalecimento do euro, sinal de um aumento do otimismo sobre a recuperação da economia mundial.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de ;light sweet crude; negociado nos EUA) para entrega em julho fechou em 75,12 dólares, em alta de 1,34 dólar em relação à sexta-feira.

No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento ganhou 85 centavos, para 75,20 dólares. "Como o dólar recuava, os investidores orientaram-se para os ativos considerados mais arricados e todas as matérias-primas subiram", afirmou Ellis Eckland, analista independente.

A desvalorização do dólar aumenta a capacidade de compra dos investidores que contam com outras moedas para adquirir ativos cotados em moeda americana.

A alta do euro é sinônimo de uma redução da pressão sobre os mercados, "um indicador avançado do atual apetite ao risco", segundo Ellis Eckland. "A zona do euro é uma fonte de inquietação para o mercado e com o fortalecimento do euro o apetite ao risco volta e os investidores se voltam mais para comprar petróleo", disse Phil Flynn, da PFG Best Research.

A moeda única europeia valia na segunda-feira no fechamento do Nymex 1,2230 dólar, contra 1,1877 dólar no início da semana passada, lembraram analistas do JP Morgan. O euro foi sustentado pelo aumento da produção industrial na região.

No entanto, a moeda era cotada a um pouco menos na abertura, depois que a agência de classificação de risco Moody;s baixou a nota da dívida soberana da Grécia em quatro níveis, para Ba1, colocando-a na categoria de papéis especulativos.

Isso desacelerou parcialmente o mercado de petróleo, que logo retomou seus lucros no fechamento.

A continuidade da mancha de óleo no Golfo do México é outro motivo de preocupação. "Os investidores estão realmente preocupados com a mancha de óleo, que continua, e ainda mais preocupados com a reação da administração (do presidente americano Barack) Obama", declarou Phil Flynn.