Jornal Correio Braziliense

Economia

Plano de saúde aumenta 6,73%

Índice autorizado pela ANS é superior à inflação em 12 meses

Os planos de saúde individuais ou de família serão reajustados em até 6,73% este ano, valor superior à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses, que é de 5,22%. O percentual de aumento de preços foi definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e incidirá nos contratos fechados a partir de janeiro de 1999 ou previstos na Lei n; 9.656/98, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. Cerca de 7,4 milhões de segurados serão atingidos, o equivalente a 13% do total de usuários do serviço no país.

O reajuste deve ser aplicado nos contratos com data de aniversário entre maio de 2010 e abril de 2011. Os valores retroativos poderão ser cobrados somente nos casos de defasagem de, no máximo, três meses. Anualmente, a ANS calcula o percentual de reajuste dos planos individuais tendo como base a média dos aumentos dos planos coletivos.

Ganhos de escala
Essa fórmula é considerada adequada pelos órgãos de defesa do consumidor, pois transfere para os trabalhadores os ganhos de escala obtidos pelas empresas, que têm mais poder de fogo na hora de negociar os novos valores. No reajuste para este ano, não foi computado o impacto da nova lista de cobertura de 70 procedimentos médicos e odontológicos, que se tornou obrigatória a partir deste mês. A inclusão só se dará no ano que vem.

A ANS orienta os clientes a checar, nas faturas, se o percentual aplicado pela operadora é o mesmo fixado pela agência. Para reclamações ou dúvidas, o cliente pode entrar em contato com a ANS pelo telefone 0800 701 9656, pela internet no endereço www.ans.gov.br ou procurar um dos 12 postos do órgão espalhados pelo país.

; Remédios ficam mais baratos
Victor Martins

Enquanto os planos de saúde aumentam preços, a indústria farmacêutica está diminuindo. Depois da Pfizer cortar o custo do Viagra pela metade, a GlaxoSmithKline (GSK) promete reduzir entre 20% e 50% o valor cobrado por seis remédios. Os anúncios ocorreram dois meses após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar reajuste de 4,83% para os medicamentos. No caso da pílula contra impotência, o laboratório só tomou a decisão porque está prestes a perder a exclusividade sob a fórmula.

Já a GSK informou que deu início a um processo mundial de flexibilização de preços, para tornar os produtos mais acessíveis e se adequar à realidade econômica dos países em que atua, como a Europa e os Estados Unidos, regiões que ainda se recuperam da crise internacional. ;Nosso objetivo é ampliar o acesso aos medicamentos a um maior número de pacientes;, disse o presidente da GSK Farma Brasil, Cesar Rengifo. Entre os seis produtos que terão preços menores, está o Cervarix, vacina contra HPVs oncogênicos que já está sendo comercializada 50% mais barata, segundo a fabricante.