Brasília ; A próxima reunião do G-20 (grupo que reúne 20 das maiores economias do mundo), marcada para o fim deste mês em Toronto (Canadá), deve priorizar os debates em torno da criação de mecanismos para prevenir crises econômicas. De acordo com o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, a 4; Cúpula do G-20 vai apresentar um conjunto de sugestões para ;fortalecer a capacidade dos países de lutar contra a volatilidade dos fluxos de capitais;.
Além da regulamentação prudencial do sistema financeiro, para torna-lo mais seguro e transparente, o G-20 também vai discutir o fortalecimento dos fundos de hedge (proteção) e dos derivativos de balcão e a ;supervisão das chamadas instituições sistemicamente importantes que, se quebrarem, contaminam a economia como um todo;. Meirelles fez questão de destacar a importância dos países emergentes nesse tipo de discussão. ;É importante que a voz dos países emergentes seja bem ouvida e que o equilíbrio seja mantido;.
Para o presidente do BC, a atuação do Brasil na reunião será voltada para ;promover a cooperação internacional com vistas a esta estrutura ou arquitetura financeira mais sólida e garantir a distribuição equânime do esforço de ajustes entre as economias;.
Durante palestra no 3; Fórum Brasil-Estados Unidos, Meirelles disse que a crise na Europa é séria, mas o Brasil já mostrou, na crise financeira de 2008, ter condições de enfrentá-la. ;O Brasil saiu mais forte da crise [de 2008 que começou nos Estados Unidos], com crescimento robusto. A crise europeia está em desenvolvimento e não se sabe quais serão as implicações, mas a nossa filosofia em relação a isso é sempre dizer que trabalhamos e nos preparamos para o pior, mas sempre torcendo para o melhor;.