Os preços do petróleo terminaram em alta nesta quarta-feira (9/6) em Nova York e Londres, acima dos 74 dólares, ante uma maior inclinação dos investidores ao risco.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em julho fechou em 74,38 dólares, em alta de 2,39 dólares em relação à terça-feira.
No InterContinentalExchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento ganhou 1,97 dólar, indo para 74,27 dólares.
"O petróleo subiu em meio a um maior apetite pelo risco", indicou Ellis Eckland, analista independente.
Os mercados da bolsa subiam e o euro superava 1,20 dólar, em um clima de calma no qual contribuíram as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central americano), Ben Bernanke, prevendo um crescimento econômico de cerca de 3,5% nos Estados Unidos em 2010.
"O petróleo havia sido o mais vendido dos ativos arriscados. Se não existisse a crise orçamentária europeia, o barril poderia facilmente subir a 90 ou 95 dólares", estimou Ellis Eckland.
Segundo o analista, a imensa maré negra que afeta o Golfo do México ajustou o equilíbrio entre a oferta e a procura, sacudindo as bases do mercado. Por sua vez, a Agência Americana de Energia revisou para a baixa suas previsões de produção nos Estados Unidos.
A queda das reservas de petróleo também contribuiu para impulsionar os preços, disse Ellis Eckland.
No total, os estoques de petróleo caíram 1,8 milhão de barris e os de gasolina mantiveram-se estáveis. O consumo total dos americanos está em alta de 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
"A redução total dos estoques de petróleo e produtos petrolíferos foi menos impressionante que o esperado, mas alcançou igualmente 500 mil barris", disse Nic Brown, da Natixis.
Informações no sentido de que as exportações chinesas haviam sido particularmente sólidas também sustentaram o mercado, segundo analistas.