O primeiro-ministro conservador britânico, David Cameron, preparou a população, nesta segunda-feira (7/6), para "tempos dolorosos" que se aproximam devido às duras medidas de preparação para sanear as finanças públicas.
Cameron, que dirige há quase um mês um histórico governo de coalizão formado por conservadores e liberal-democratas, afirmou que o problema do déficit maciço e da dívida crescente é pior do que acreditava quando assumiu o poder, embora tenha destacado que não seja tão grave quanto a situação na Grécia.
"As decisões que tomaremos afetarão a todos e a cada uma das pessoas neste país. E os efeitos dessas decisões durarão anos, talvez décadas", advertiu o premiê, a duas semanas de apresentar ao parlamento um orçamento de emergência.
Cameron converteu em prioridade absoluta de seu governo a redução do déficit público, que aumentou 163 bilhões de libras (190 bilhões de euros, 250 bilhões de dólares) no último exercício fiscal, ou o equivalente a quase 12% do PIB, contra 3% de antes da crise financeira.
A dívida total supera 70% do PIB britânico.