Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira (1;/6) em Nova York e Londres, afetados por uma série de indicadores decepcionantes na Europa e na China, que antecipam uma redução da demanda por energia.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em julho fechou em 72,58 dólares, em baixa de 1,39 dólar em relação à sexta-feira.
No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu 1,94 dólar, para 72,71 dólares.
Os preços tinham se recuperado na semana passada, subindo de menos de 70 dólares para cerca de 75, mas depois do fim de semana prolongado pelo feriado de segunda-feira nos Estados Unidos, os temores voltaram.
"É difícil os preços manterem seu impulso quando a cada dois ou três dias há uma lembrança sobre a fragilidade da economia", afirmou Phil Flynn, da PFG Best Research.
Na zona do euro, a taxa de desemprego aumentou levemente em abril, para 10,1%, contra 10% do mês anterior, o que se constitui em um novo recorde, e o índice PMI da indústria caiu, refletindo uma desaceleração do crescimento no setor.
Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) estimou que os bancos da região poderão ter de contabilizar novas depreciações de ativos em 195 bilhões de euros até o fim de 2011.
Nesse contexto, o euro caiu a seu nível mais baixo em quatro anos, perto de 1,21 dólar, recuperando-se às 18h00 GMT (15h00 de Brasília) a 1,2298 dólar, contra 1,2305 na noite de segunda-feira.
Outra fonte de inquietação foi a China, onde o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) para o setor manufatureiro retrocedeu, refletindo a desaceleração da atividade industrial como consequência das medidas destinadas a impedir o superaquecimento da economia.
O mercado de petróleo é muito sensível a toda indicação de desaceleração da atividade no país que se tornou nos últimos anos o motor do consumo mundial de petróleo.
Esta série de indicadores "confirma alguns temores do mercado" sobre a recuperação econômica, comentou Bart Melek, da BMO Capital Markets. "O mercado de petróleo precisará de catalizadores positivos (para se recuperar) o que, por enquanto, não virá."