São Paulo ; O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, descartou, nesta sexta-feira (28/5), a possibilidade de serem criadas barreiras à entrada de produtos brasileiros na Argentina, apesar de movimentos não oficiais indicarem a intenção de um corte às importações por parte do país vizinho.
;Por enquanto, não temos um problema porque não há nada oficial. São apenas informações de fontes não identificadas;, disse. Miguel Jorge informou que, nesta quinta-feira (27/5), oito caminhões brasileiros estavam parados na região da fronteira com a Argentina. Mas, segundo ele, é algo absolutamente normal já que, em postos de fiscalização como esse, a média de circulação é de 500 caminhões por dia. Para o ministro, é possível que os motoristas parados tenham tido problemas com a documentação ou com o próprio transporte da carga.
[SAIBAMAIS]Miguel Jorge afirmou que o governo está atento para agir se for necessário. Ele lembrou que, na semana passada, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em encontro com o presidente Luiz Ignácio Lula da Silva, na Espanha, garantiu que não havia nada no sentido de impor barreiras.
Outro aspecto que deve ser ponderado, de acordo com ele, é o fato de a Argentina depender mais das importações brasileiras do que o contrário. ;Achamos que não seria razoável a Argentina tomar uma atitude como essa porque o maior interesse em manter aberto esse canal [de trocas comerciais] tem de ser da Argentina. Nós importamos US$ 2 bilhões por ano em alimentos [da Argentina] e exportamos US$ 500 milhões. Portanto, o único que teria a perder seria a Argentina;, apontou.