Os preços do petróleo subiram mais de 2 dólares nesta quarta-feira (26/5) em Nova York e Londres, impulsionados por indicadores econômicos alentadores, principalmente nos Estados Unidos, primeiro consumidor mundial da matéria-prima.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em julho fechou em 71,51 dólares, em alta de 2,76 dólares em relação à terça-feira.
No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento subiu 2,19 dólares, para 71,74 dólares.
Os preços, que desde o início do mês caíram de cerca de 90 dólares para menos de 70 dólares, recuperaram-se diante de "indicadores econômicos alentadores", afirmou Antoine Halff, da Newedge Group.
"A balança começa a se inclinar para o lado positivo", resumiram analistas do JPMorgan. "No momento, os temores sobre as economias europeias passaram a segundo plano, o movimento de venda parece ter se esgotado e os indicadores econômicos positivos passaram ao primeiro plano."
Notícia alentadora para os mercados - deprimidos diante da crise na zona do euro -, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para cima suas previsões de crescimento nos países desenvolvidos, onde espera um avanço de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, e de 2,8% em 2011.
Nos Estados Unidos, os pedidos de bens duráveis e venda de casas novas superaram as expectativas.
A cotação do petróleo acentuou sua alta depois da publicação de dados oficiais sobre a evolução das reservas petroleiras dos Estados Unidos na semana passada.
Os estoques de petróleo, no entanto, aumentaram mais que o previsto (2,4 milhões de barris).
Mas as reservas de gasolina e produtos destilados teve leve queda, e as cifras de demanda "mantiveram-se altas", em 19,5 milhões de barris diários em média, destacou Nic Brown, da Natixis.