Brasília ; As montadoras de veículos devem produzir 3,4 milhões de carros neste ano, com aumento de 8% em relação ao ano passado, mesmo com o fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A extinção do benefício provocou queda nas vendas do setor em abril e em maio. A afirmação é do novo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini. Ele esteve reunido nesta terça-feira (25/5) com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
Belini disse que, depois de picos de venda, no final de 2009 e no início deste ano, proporcionados pela redução temporária do IPI, o mercado interno de automóveis está se ajustando para um novo patamar de crescimento, que ele considera menor, mas com avanço consistente. O dirigente da Anfavea atribuiu o bom comportamento do mercado automobilístico à estabilidade da economia interna e ao aumento do poder de compra do trabalhador.
Ele mostrou preocupação, porém, quanto ao mercado externo, uma vez que o carro nacional perdeu competitividade lá fora, por causa da desvalorização do dólar em relação ao real e porque os mercados compradores encolheram depois da crise econômica mundial deflagrada em setembro de 2008. Outro receio é quanto aos efeitos do aumento do preço mundial do ferro, uma vez que o aço (liga de ferro) é cerca de 60% da composição do veículo.