Ao ter seu nome aprovado nesta quarta-feira (12/5) pelo Conselho Administrativo da Telebras, Rogério Santanna dos Santos já passa a responder pela estatal, responsável pelo gerenciamento do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado na semana passada. Na primeira entrevista coletiva, ele apontou como prioridade o estímulo à concorrência entre as empresas do setor de telecomunicações.
Santanna disse acreditar que, em dois meses, a Telebras se torne operativa e que, até outubro, lance editais de contratação. ;Nossa tarefa é tornar a Telebras transparente, moderna, enxuta e capaz de promover inovação, trazendo concorrência onde não há e levando a internet aonde ninguém queria levar;, disse ele durante a reunião com o conselho da empresa.
;O desafio do século 21 é construir novas estradas para que o comércio eletrônico se estabeleça. E temos ativos humanos e de capital para que isso aconteça;, acrescentou.
Este é o ;desafio do nosso tempo;, ressaltou Santanna. Para ele, a importância da retomada da Telebras pode ser constatada pelo fato de haver atualmente mais de 16 países fazendo planos nacionais de banda larga.
Santanna prevê que a estatal esteja em condições operativas no prazo de dois meses e que até outubro sejam lançados os editais de contratação visando a fechar os anéis de backbones ; que são o núcleo principal da rede, constituído de fibras óticas ; das regiões Nordeste e Sudeste.
;Para fecharmos esses anéis, será necessário dimensionar o backbone existente e escolher as cidades que serão atendidas inicialmente. As mais próximas a eles terão mais chance de serem beneficiadas num primeiro momento;, disse.
;Faremos um levantamento de campo das 15 capitais previstas pelo PNBL e identificaremos as localidades onde implantaremos a internet por fibra ótica ou por rádio. A preferência é pelas fibras, mas o rádio é uma alternativa para chegarmos de forma rápida às regiões [não alcançadas pelas fibras óticas];, informou.
Ele estima que existam 122 cidades com potencialidade digital. ;Faremos um ajuste fino para identificar a melhor tecnologia para as localidades e as estruturas disponíveis. Claro que depois as feitas via rádio poderão ser substituídas por fibras.;
A missão de implementar o Plano Nacional de Banda larga é elevar o número de domicílios com internet dos atuais 15 milhões para 35 milhões.