As Bolsas europeias e o euro registravam altas expressivas nesta segunda-feira, após o anúncio de um histórico fundo de ajuda dos Estados membros da União Europeia (UE) aos países da Eurozona e das medidas excepcionais adotadas pelos bancos centrais ao redor do mundo.
A euforia das bolsas tinha como principal motor os valores bancários, que registravam altas impressionantes, em alguns casos superior a 20%. O euro era negociado a 1,3019 dólar, contra US$ 1,2755 de sexta-feira à noite em Nova York.
A desvalorização do euro era provocada pelos temores de um contágio da crise da Grécia para o restante da Eurozona, em particular a países como Espanha e Portugal. Ao meio-dia desta segunda-feira (10/5), as Bolsas tinham altas consideráveis, com Madri à frente ( 11,79%).
No meio da manhã, Paris ganhava 8,24%, Lisboa 9,77%, Milão 9,57%, Amsterdã 5,78% e Londres 5,06%.
Frankfurt ( 4,50%) e Zurique ( 4,08%) seguiam a tendência, enquanto o índice europeu Eurostoxx avançava 8,49%.
Na Ásia, Tóquio fechou em alta de 1,60% e Hong Kong de 2,54%.
O preço do petróleo também era beneficiado pelo otimismo dos mercados, com alta de 3% e o barril de Brent do Mar do Norte negociado acima de 80 dólares.
Na sexta-feira, após uma semana agitada, quase todas as praças europeias perderam mais de 3%, com exceção de Londres (-2,62%).
No domingo à noite, os países da UE fecharam um acordo para a implementação de um plano histórico, que pode alcançar 750 bilhões de euros, para ajudar os países da zona euro que precisarem e, ao mesmo tempo, acabar com uma crise financeira que ameaça propagar-se a todo o planeta.
A ajuda sem precedentes na história recente inclui empréstimos e garantias dos países da zona euro, assim como empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O diretor geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, afirmou que o acordo é "um grande passo adiante".
Os valores bancários aproveitaram o anúncio e em alguns casos registravam altas superiores a 10%, em um movimento de recuperação após uma semana de fortes baixas pela exposição das instituições à crise, que tem relação com a dívida dos Estados. Em Madri, as ações do Santander dispararam 20,01% e as do BBVA 19,79%.
Em Paris, os altas mais expressivas eram as do Société Générale ( 21,50%) e do Crédit Agricole ( 21,19%), seguidos pelo Dexia (19,18%), Axa (19,04%) e BNP Paribas (18,05%).
Na Alemanha, o Deutsche Bank ganhava 10,06% e o Commerzbank 8,54%.