O Indicador Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) de abril registrou queda de 3% em relação à pesquisa de março, mas o grau de otimismo continua elevado, em 112,6 pontos, anunciou nesta sexta-feira (7/5) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Foi a segunda queda seguida do Inec, de dezembro para cá, quando atingiu o pico de 117,2 pontos, como mostra o histórico da pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) desde 1996, em todo o país. Agora com uma diferença: o levantamento, que era trimestral até março último, tem periodicidade mensal a partir de abril.
O índice é calculado a partir da opinião de 2 mil pessoas ouvidas sobre expectativas de inflação, de desemprego e de renda pessoal, além da situação financeira familiar, endividamento e compras de bens de maior valor. Excetuando-se o último item, que permaneceu estável na comparação com a pesquisa de março, os demais registraram quedas.
As questões relacionadas à situação financeira e endividamento recuaram, respectivamente, 5,2% e 4,6%. Isso significa, de acordo com nota técnica da pesquisa, que os consumidores estão mais endividados e com a situação financeira pior que nos últimos meses. O nível de expectativa dos dois índices retornou ao patamar de junho do ano passado, e a perspectiva sobre a própria renda contabilizou recuo significativo de 4,45%, no menor nível desde junho de 2008.
O otimismo do consumidor diminuiu 1,3% quanto à evolução futura da inflação, cuja expectativa vem se deteriorando há 15 semanas seguidas, na opinião de uma centena de analistas que todas as sextas-feiras respondem à pesquisa do Banco Central sobre tendências dos principais indicadores do mercado. Existe menos otimismo também em relação ao desemprego, com a expectativa caindo 2,9% na comparação com março.