Os líderes da Eurozona se reunem nesta sexta-feira (7/5) em Bruxelas sob a pressão dos mercados, agitados pelas previsões pemissistas de um futuro comprometido para o euro sem uma reforma profunda que evite novas crises como a da Grécia.
O objetivo do encontro é enviar uma mensagem política forte e conseguir um compromisso para empreender as as reformas necessárias que garantam o futuro de sua união monetária.
A reunião extraordinária dos 16 chefes de Estado e de Governo começará às 17H00 GMT (14H00 de Brasília), uma em que as Bolsas europeias já estarão fechadas, depois de uma semana de fortes baixas pelos temores de contágio da crise orçamentária grega a países como Espanha e Portugal.
Oficialmente, os dirigentes estão convocados a dar um respaldo definitivo ao apoio à Grécia, concretizado com um plano de resgate co-financiado pelos sócios da Eurozona e do Fundo Monetário Internacional (FMI), declarou na terça-feira o chefe de Governo espanhol e presidente semestral da União Europeia (UE), José Luis Rodríguez Zapatero.
Os parceiros da Eurozona concederão 80 bilhões de euros até 2012, junto a outros 30 bilhões do FMI. As primeiras quantias devem ser liberadas antes de 19 de maio, quando a Grécia deve enfrentar vencimientos da dívida equivalentes a nove bilhões de euros.
O plano de resgate foi aprovado em troca de um severo plano de austeridade proposto pelo governo grego, que afetará principalmente os salários dos funcionários públicos e aposentados, o que gerou muitos protestos nas ruas.
Na quarta-feira, três pessoas morreram em Atenas em meio a violentos incidentes à margem de uma greve geral contra as medidas drásticas de economia.