São Paulo - A produção e a venda de veículos devem continuar em queda nos próximos meses, como reflexo do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros bicombustíveis ou movidos a etanol. ;Sem dúvida, depois do retorno do IPI aos patamares anteriores, houve um aumento [de preço], um acomodamento do mercado. Mas acredito que, passada essa fase, [o mercado automobilístico] deve deslanchar novamente;, avaliou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini.
A expectativa para este ano é de crescimento de 6,5% na produção de veículos, em comparação a 2009, com a venda de 3,39 milhões unidades. Em relação às exportações, a Anfavea espera um crescimento de 11% sobre o volume exportado no ano passado. Em 2009, foram vendidos para o exterior 475,2 mil veículos. Em abril, as exportações de veículos caíram em relação a março. Foram embarcadas 47,1 mil unidades, bem menos do que os 69,4 mil veículos exportados no mês passado. Mas, para Belini, a queda registrada nas exportações foi um ;acidente de percurso;, sem causa aparente.
O que preocupa o setor, segundo o presidente da Anfavea, é a possibilidade de aumento do preço do aço, principal insumo das montadoras. ;É uma questão importante o aumento do aço, é um aumento de custo que provavelmente as montadoras deverão repassar ao consumidor. Ou seja, o Brasil perde competitividade no mercado interno e também nas exportações;, ressaltou. O aumento deverá ocorrer nos próximos meses, prevê Belini. ;A pressão das usinas está sendo muito grande, as negociações estão em curso e são coisas que estão acontecendo no curto prazo;.