O novo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes dos Veículos Automotores (Anfavea) e também presidente da Fiat, Cledorvino Belini, disse hoje (30) que os investimentos da indústria automobilística entre os anos de 2010 e 2012 devem ser de US$ 11,2 bilhões.
Segundo Belini esse valor refere-se a investimentos em desenvolvimento de novos produtos, plataformas, processos tecnológicos de produção, ampliação de capacidade e eliminação de gargalos. No período anterior, entre 2007 e 2009, os investimentos foram de US$ 8,1 bilhões.
Belini disse que há necessidade de se haver um ;choque de competitividade; na indústria automobilística brasileira. ;Choque de competitividade é colocar o Brasil na condição de competir junto aos mercados internacionais;. Segundo ele, a ideia é fazer um diagnóstico da indústria nacional, incluindo setores de matéria-prima, autopeças, montadoras e distribuição, além de avaliar a infraestrutura e a burocracia do país. ;Somente de forma sistêmica é que você consegue encontrar uma condição de voltar à competitividade das exportações do setor;.
Sobre as exportações do setor, Belini preferiu não responsabilizar o câmbio, dizendo que este é o custo da estabilidade econômica. Para ele, o setor precisa buscar outras soluções, além das críticas ao câmbio, para poder fortalecer a exportação.
;A questão do real valorizado é uma realidade que nós temos de encarar de frente. Não adianta ficar só chorando em cima da questão do real valorizado. O caminho é fazer o diagnóstico e encontrar as oportunidades;.
Para abril, a expectativa é de que sejam vendidos 280 mil veículos, número menor que no mês de março, quando foram licenciadas mais de 353 mil unidades (último mês da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados). Para ele, há espaço no Brasil para crescer mais do que os 4,3 milhões de veículos por ano. ;O ideal para o país seria chegar a uma escala de 6 milhões de unidades;.