São Paulo - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, reagiu nesta sexta-feira (30/4) às críticas sobre a rigidez monetária do país. Ele disse que quando existe desequilíbrio no mercado com excesso de demanda, isso deve ser corrigido. Meirelles referiu-se ao aumento da taxa básica de juros, a Selic, que na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta semana, passou de 8,75% para 9,5%.
"Ou o Banco Central corrige, e a grande vantagem é que tem piloto, ou a inflação corrige e esse é um sistema que a história do país provou ser o pior de todos e deletério [maléfico] para a sociedade, para os trabalhadores, para os empresários e a comunidade como um todo".
As afirmações de Meirelles foram feitas logo após participar do Encontro do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) sobre a regulamentação do Artigo 192 da Constituição, que trata das normas do sistema financeiro.
Henrique Meirelles defendeu que seja qual for o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mais saudável para a nação é manter a trajetória de queda da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, que passou de 60% entre o fim de 2002 e o início de 2003 para os atuais 42%.