Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, participa nesta segunda-feira (26/4) em Nova York do 2010 Brazil Summit, encontro patrocinado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados um dia depois de ter obtido maior representatividade no Banco Mundial, junto com os demais emergentes.
O encontro reúne representante dos governos americano e brasileiro com a iniciativa privada para analisar questões ligadas ao comércio entre os dois países. Desde a semana passada que o ministro está no exterior onde participou em Washington da reunião de Primavera do FMI e do Banco Mundial. Amanhã, ainda em Nova Iorque, o ministro tem um novo encontro com investidores estrangeiros. O retorno de Mantega ao Brasil está previsto para a quarta-feira.
Henrique Meirelles, que também participa do encontro, estará de volta ao país amanhã, para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve definir a nova tendência dos juros básicos da economia brasileira.
Em relação aos debates no encontro do FMI, o Ministério da Fazenda divulgou documento em Brasília com a posição defendida por Mantega e os demais ministros dos emergentes sobre a atual estrutura do Fundo.
Entre as reivindicações, o ministro voltou a pedir ao colegiado que assessora o fundo reformas das quotas e voz na organização, a revisão do mandato e reforma no sistema monetário internacional, que se mostrou extremamente frágil durante a crise que abalou os mercados financeiros, incluído o Brasil. O colegiado é composto por ministros de 24 países (G-24).
Para Mantega, a ;relevância e a legitimidade do FMI; dependem da reforma. ;Assim deverá haver um realinhamento ambicioso das quotas em favor de países de mercado emergente e em desenvolvimento;.
Mantega disse ainda que as mudanças na diretoria-executiva do Fundo devem ter por objetivo melhorar a representação de países em desenvolvimento e que os ministros do G-24 apoiaram a intenção do FMI de conceder o perdão da dívida para países afetados por catástrofes, como o Haiti.
Neste domingo (25/4), o Banco Mundial anunciou novas regras, que aparentemente dão novos poderes aos emergentes. Esses países, incluindo o Brasil, ganharam mais destaque desde o início da crise econômica pela forma como enfrentaram os problemas deflagrados a partir da turbulência no mercado de hipotecas dos Estados Unidos.
Pela nova fórmula, os emergentes ganham 3,13 pontos percentuais no poder de voto, que se elevou para 47,19%. Os 176 países que fazem parte do Banco Mundial também aprovaram o aumento do capital do banco em mais US$ 86,2 bilhões.