O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou neste sábado (24/4) que os cidadãos gregos "não devem temer o FMI", cujo propósito, disse, é "ajudá-los".
"Os cidadãos gregos não devem temer o FMI, que está aqui para ajudá-los", declarou Strauss-Kahn em coletiva de imprensa depois de uma reunião do comitê monetário e financeiro do FMI, que agrupa 186 estados-membros.
A ajuda de emergência de 45 bilhões de euros que a União Europeia e o fundo estão preparando para a Grécia - que a solicitou formalmente na sexta-feira - suscitou protestos nesse país.
Cartazes com a frase "FMI go home" apareceram em manifestações em cidades gregas, lembrando outros protestos semelhantes no passado em países como Argentina, que também tiveram que recorrer ao fundo.
Strauss-Kahn negou-se a revelar detalhes das discussões que manteve com o ministro grego das Finanças, Georges Papaconstantinou.
"Todos os resultaods da negociação com as autoridades gregas serão divulgados depois do fim das conversas", disse.
A Grécia não é o único país onde o FMI é "demonizado", lembrou Strauss-Kahn. "Os gregos e os outros devem ver o FMI como o que o órgão é atualmente: uma espécie de organização de colaboração", enfatizou.
"Se puderem, entreguem essa mensagem aos gregos: o FMI é uma instituição diferente", completou o atual presidente do Comitê Monetário e Financeiro, o egípcio Youssef Boutros-Ghali.