Os preços do petróleo fecharam em leve baixa nesta quarta-feira (21/4) em Nova York, em um mercado que resistiu à forte alta das reservas nos Estados Unidos, ante as perspectivas otimistas da demanda futura, mas subiu em Londres.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em junho fechou em 83,68 dólares, baixa de 17 centavos em comparação com a terça-feira.
Em Londres, o Brent do mar do Norte para entrega em junho ganhou 90 centavos, para 85,70 dólares. "Os números eram bastante negativos porque houve altas tanto para o petróleo como para os produtos petrolíferos, mas, em geral, o mercado é otimista sobre um aumento da demanda futura", indicou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
O mercado superou as perdas registradas no meio do dia, ligadas a uma reação inicial ante os dados publicados pelo departamento de Energia.
As reservas de petróleo aumentaram em 1,9 milhão de barris (mb) para 355,9 mb na semana finalizada em 16 de abril. Os analistas interrogados pela agência Dow Jones Newswires esperavam, pelo contrário, uma redução de 200 mil barris.
Já os estoques de gasolina aumentaram em 3,6 mb, a 224,9 mb, um acréscimo 10 vezes superior às previsões, que se situavam em 300 mil barris adicionais.
Os estoques de produtos destilados (díesel e combustível para calefação) também superaram as expectativas, aumentando em 2,1 mb para 148,9 mb, contra os 900 mil barris estimados. "Além de uma surpreendente alta das importações de petróleo para mais de 9,5 milhões de barris diários (seu nível mais alto desde setembro de 2009), os estoques totais de petróleo e de produtos petrolíferos aumentaram ao número inquietante de 10,8 milhões de barris diários", afirmou Nic Brown, da Natixis.
O mercado esteve "muito prudente antes dos informes sobre estoques. Em particular com o dólar, que se fortifica, e o mercado da bolsa, que cede um pouco de terreno", observou Phil Flynn, da PFG Best Research, na abertura da Bolsa de Nova York.
Mas os investidores também levaram em conta uma série de resultados de empresas americanas, disse Andy Lipow. O Fundo Monetário Internacional, por sua parte, elevou sua previsão de crescimento mundial para 2010.