O governo argentino ofereceu nesta quinta-feira (15/4) aos credores a troca de títulos da dívida em moratória com uma amortização de 66,3% e um rendimento adicional vinculado ao crescimento da economia, anunciou o ministro da Economia, Amado Boudou.
Os títulos em poder dos credores somam em torno de 20 bilhões de dólares de capital, além de 9 bilhões de dólares em juros vencidos desde 2005. Esse total é remanescente da primeira troca da dívida, promovida em 2005, quando 76,15% dos credores aderiram à oferta, depois da declaração de moratória de quase 100 bilhões de dólares em 2001.
"Os credores institucionais terão um ;bonus discount; com amortização de 66,3%. Deverá ser acrescentado a isso no futuro um rendimento equivalente ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)", afirmou o ministro.
Além disso, Boudou disse que "será feita uma oferta aos credores minoritários, italianos e alemães, com um cupom (de rendimento) menor, mas que não tem amortização".
A intenção é atrair um máximo de credores privados, chamados "holdouts", que haviam recusado o acordo precedente de renegociação da dívida, lançado em junho de 2005 pelo presidente Néstor Kirchner (2003-2007), marido da atual chefe de Estado, Cristina Fernandez de Kirchner.