Jornal Correio Braziliense

Economia

Petróleo tem leve queda em NY, mas Brent supera os US$ 87

Os preços do petróleo caíram levemente nesta quinta-feira (15/4) em Nova York, com o barril abaixo dos 86 dólares, em uma interrupção da alta registrada na quarta-feira, quando foram divulgados indicadores positivos sobre a economia americana. Em Londres, por outro lado, o preço do combustível subiu 1 dólar.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em maio fechou em 85,51 dólares, baixa de 33 centavos na comparação com a quarta-feira.

Na InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento, em seu dia de expiração, subiu 1,02 dólar, para 87,17 dólares. "O petróleo tinha reagido tão energicamente ontem, em um mercado otimista sobre a China, que simplesmente deu um pequeno passo atrás", explicou Ellis Eckland, analista independente.

Na manhã desta quinta-feira, o gigante asiático publicou dados de crescimento melhores que o esperado. "As notícias provenientes da China, onde a economia registrou alta de 11,9% no primeiro trimestre do ano, sustentaram o mercado europeu", destacou Tom Bentz, do BNP Paribas, já que muitos barris viajam da Europa para o gigante asiático.

Os dados do consumo na China também impressionaram. "No primeiro trimestre, o crescimento da demanda por petróleo nesse país elevou-se à enorme cifra de 1,238 milhão de barris diários (...), ofuscando as debilidades de qualquer região da OCDE", a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, afirmou Amrita Sen, do Barclays Capital.

A estabilização do mercado nova-iorquino ocorre um dia depois de os preços terem dado um salto de 1,79 dólar, alta relacionada em parte com a surpreendente queda dos estoques de petróleo nos Estados Unidos na semana passada, mas principalmente com os indicadores positivos da economia.

No entanto, nesta quinta-feira, os indicadores americanos foram dissonantes: o número de novas solicitações de seguro-desemprego teve uma alta inesperada na semana finalizada em 10 de abril, contra todos os prognósticos; a produção industrial desacelerou-se em março, afetada por uma queda na produção de energia, consequência das condições meteorológicas.