Brasília - Um dos resultados práticos do Plano de Ação Conjunta assinado nesta quinta-feira (15/4) pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hu Jintao, da China, é a implementação de um acordo de cooperação em ciência, tecnologia e inovação assinado em maio de 2009 pelos dois países.
O acordo de 2009 refere-se, entre outros temas, a pesquisas sobre bioenergia e biocombustíveis que estão sendo realizadas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade de Tsinghua, além da Academia Chinesa de Ciências Agrárias de Guangxi e da Academia Chinesa de Ciências Agrárias Tropicais.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro está pesquisando a produção de biomassa da cana-de-açúcar, enquanto a Universidade de Tsinghua estuda o cultivo de algas que possuem alto conteúdo de óleo. Os dois trabalhos são complementares e permitirão o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora para a produção de biodiesel.
[SAIBAMAIS]O acordo assinado em 2009 e que deverá ser implementado a partir de agora, refere-se às pesquisas conjuntas que estão sendo realizadas por instituições brasileiras e pela Academia Chinesa de Ciências envolvendo a nanociência e a nanotecnologia, ou seja, as menores partes da matéria. O Ministério da Ciência e Tecnologia e outras instituições científicas que compõem o Sistema Nacional de Inovação do Brasil coordenam as pesquisas pelo lado brasileiro.
Outro setor que será beneficiado pelo acordo é o meio ambiente. O Centro Brasil-China de Tecnologias Inovadoras para Mudança Climática e Novas Fontes de Energia terá o apoio dos dois governos, com atuação direta da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade de Tsinghua. As atividades deverão contar com parcerias entre instituições acadêmicas, organizações empresariais e governamentais do Brasil e da China que tiverem interesse no trabalho que será desenvolvido pelo centro.