Jornal Correio Braziliense

Economia

Brasil e Argentina discutem estratégia comercial conjunta para entrar no mercado chinês

Brasília ; Brasil e Argentina vão elaborar uma estratégia comercial mais agressiva para aumentar a participação nas importações do mercado chinês, enviando missões comerciais e promovendo feiras na China. Naquele país, existem províncias que, devido à extensão territorial, equivalem a um país inteiro.

A estratégia para que este avanço comercial conjunto aconteça será criada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e sua congênere, a Pro-Argentina.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (25/3) pelo secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, que chefia a delegação brasileira no segundo encontro de avaliação do comércio bilateral que acontece no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A delegação argentina é chefiada pelo subsecretário de Política e Gestão Comercial do Ministério da Produção, Eduardo Bianchi.

Barral lembrou que a China importa mais de US$ 1 trilhão por ano e a participação do Brasil e da Argentina neste mercado ainda é pequena - cerca de 1%. Os dois países querem colocar no mercado chinês desde produtos agrícolas mais elaborados até alguns produtos industriais.

Com relação ao comércio bilateral, Brasil e Argentina não identificaram problemas significativos, mas apenas pontuais, que envolvem questões de logística na importação e na exportação, alguns trâmites burocráticos, financiamento regional e o uso de moeda local, que os dois países querem incentivar.

Outro tema tratado hoje refere-se à classificação de produtos como a cachaça e o trigo. As definições sobre o assunto deverão ser tomadas amanhã, no final deste que é o segundo encontro de monitoramento do comércio bilateral Brasil e Argentina. O primeiro foi realizado no mês passado, em Buenos Aires.