O transporte aéreo e terrestre na Grécia, assim como o conjunto da atividade econômica, estão fortemente prejudicados nesta sexta-feira (5/3) por greves convocadas em resposta ao rigoroso plano de austeridade que o Parlamento deve adotar.
Em Atenas, onde foram registrados gigantescos engarrafamentos desde a madrugada, nenhum meio de transporte público funcionava normalmente. Em Salônica, segunda cidade mais importante do país, o transporte urbano suspendeu por completo o serviço ao meio-dia.
O tráfego aéreo também foi interrompido em todos os aeroportos gregos entre meio-dia e 16h (7h a 11h de Brasília) por uma greve dos controladores aéreos.
A ordem de greve veio da Federação Sindical do Funcionalismo Público (ADEDY), integrada por 300 mil trabalhadores, que pretende parar totalmente o setor público.
As companhias aéreas gregas Olympic Air e Aegean Airlines cancelaram e reprogramaram vários voos. Os funcionários do serviço ferroviário e os professores também anunciaram uma greve de 24 horas. Até a polícia deve aderir às manifestações sindicais em várias cidades do país.
Os sindicatos protestam contra as medidas adicionais de austeridade anunciadas na quarta-feira, que se somam às adotadas pelo governo em janeiro.
O governo grego pretende reduzir os gastos públicos em 4,8 bilhões de euros (6,5 bilhões de dólares). Atenas prometeu à União Europeia (UE) cortar o gasto público este ano em quatro pontos, de 12,7% a 8,7% do PIB.
As novas medidas serão votadas em trâmite de emergência no Parlamento, onde o governo socialista tem cômoda maioria de 160 deputados de um total de 300.