Brasília ; O indicador de evolução da produção industrial situou-se em 49,2 pontos em janeiro deste ano, próximo da média histórica de 51,4 pontos, como revela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta terça-feira (3/3).
A sondagem foi feita entre 1; e 24 de fevereiro, quando foram ouvidas 1.211 empresas de 23 estados e constatou que a produção manteve-se estável em relação ao mês anterior, embora o estoque efetivo tenha ficado levemente abaixo do planejado, em 48,5 pontos.
Mesmo mantendo nível similar de produção, comparado a dezembro de 2009, a indústria operou, em média, com utilização de capacidade instalada (UCI) efetiva de 48,3 pontos, enquanto no mês anterior foi de 48,8 pontos.
Isso denota a existência de ociosidade do parque industrial, conforme destacou o gerente da Unidade de Avaliação e Desenvolvimento da CNI, Renato da Fonseca.
Ele está otimista, contudo, quanto à melhoria do cenário para a produção industrial nos próximos seis meses, a começar pelas perspectivas de aumento da demanda por produtos industriais no mês de fevereiro. A CNI estima demanda de 66,2 pontos, ante 62,9 pontos em janeiro e à média histórica de 57,8 pontos.
A sondagem industrial detectou que os empresários estão otimistas, quanto ao aumento das exportações futuras e planejam intensificar a compra de matérias-primas.
A pesquisa da CNI ouviu 27 dos 30 setores produtivos da indústria. Ficaram de fora as indústrias de fumo, máquinas para escritório e informática e a de reciclagem, por não terem atingido o limite mínimo estabelecido de empresas para amostragem.
Dos 27 setores relacionados, 12 estão com níveis de produção na média ou acima dela, com destaque para borracha (61,4 pontos), têxteis (55,9), plástico (54,9), veículos automotores (54,7), limpeza e perfumaria (53,1) e máquinas e equipamentos (52,9).
Dos 15 setores com produção abaixo da média, mas em expansão para chegar lá, de acordo com Renato da Fonseca, os que tiveram desempenho mais fraco em janeiro foram as indústrias de álcool (25 pontos), refino e petróleo (38,9), bebidas (40,7) e de vestuário (40,8). Os demais estão bem próximos da média.