O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, declarou na noite desta terça-feira (2/3), em tom dramático, que anunciará na quarta-feira novas medidas para evitar a "bancarrota" do país, mergulhado em uma grave crise financeira.
"Sim, é preciso tomar medidas suplementares", disse Papandreou, no Parlamento, aos deputados do Partido Socialista (PASOK), no poder desde outubro passado.
O comissário europeu para Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, em visita a Atenas na segunda-feira, havia pedido ao governo grego "novas medidas" para reduzir o déficit público em quatro pontos percentuais (de 12,7% para 8,7% do PIB) em 2010.
[SAIBAMAIS]"Estamos hoje em dia em uma situação de guerra frente a cenários negativos que atingem nosso país", disse Papandreou, falando do "pesadelo de uma bancarrota na qual o Estado não poderia nem pagar os salários, nem as aposentadorias".
"Não se pode deixar que o país afunde, seja qual for o custo, sejam quais forem as reações, seja o que for que se tenha que decidir, inclusive se a decisão que se tenha que tomar seja difícil", acrescentou.
Papandreou convocou para quarta-feira, às 09h00 locais (04h00 de Brasília), um conselho de ministros para definir as medidas reivindicadas pela Comissão Europeia.
Segundo a mídia grega, haveria um aumento do IVA (Imposto sobre o Valor Agregado) e das tarifas alfandegárias sobre o álcool, o tabaco e o combustível.
Também é possível que se anunciem mais cortes salariais no funcionalismo público.