O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve alta de 0,94 % em fevereiro, taxa superior à de 0,52% de janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos 12 meses fechados em fevereiro (resultado anualizado), o índice situou-se em 4,63%, também acima do período anterior (anualizado em janeiro), que foi de 4,31%.
[SAIBAMAIS]O grupo educação foi o que teve a maior alta (4,55%), reflexo dos reajustes do início do ano letivo. Segundo o IBGE, o aumento nas mensalidades dos cursos de ensino formal, de 5,38%, representaram a maior contribuição individual no índice do mês (0,26 ponto percentual). Nas mensalidades dos cursos diversos (idiomas, informática etc) a alta foi de 4,79%.
As 11 regiões metropolitanas estudadas, com exceção de Fortaleza, apresentaram aumento. A menor alta foi verificada na região metropolitana de Porto Alegre (2,01%) e a maior, em Salvador (7,57%).
Os aumentos nos preços dos alimentos e nas tarifas dos ônibus urbanos também contribuíram para a alta do IPCA-15 de fevereiro. Os preços dos alimentos subiram de 0,81%, em janeiro, para 0,98%,em fevereiro, na média das regiões pesquisadas.
Belém foi a cidade que apresentou o maior resultado (1,75%). Os produtos que mais aumentaram de preço foram os açúcares cristal (12,13%) e refinado (9,94%), as hortaliças (9,52%), o arroz (5,22%) e frutas (2,85%).
As tarifas dos ônibus urbanos, com aumento de 3,84%, refletiram reajustes ocorridos nas seguintes regiões metropolitanas: Rio de Janeiro (0,91%), Porto Alegre (0,87%), São Paulo (11,11%), Belém (2,35%) e Salvador (4,54%).
Além do aumento das tarifas dos ônibus, gasolina (1,34%) e álcool (8,86%) também contribuíram para o maior o resultado do mês. Por outro lado, os artigos de Vestuário apresentaram queda de 0,20% em virtude do período de liquidação no mercado. O grupo dos não alimentícios, teve alta de 0,93% e ficou maior que a de janeiro (0,44%).
Os preços foram coletados no período de 15 de janeiro a 10 de fevereiro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos. O índice é uma previa do IPCA (a inflação oificial do país) do mês que deve ser divulgado no dia 5 de março pelo IBGE. As regiões metropolitanas da pesquisa são do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.