O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, contesta os dados sobre perdas sofridas pelo comércio de bens, serviço e turismo em razão dos 12 feriados em dias úteis ocorridos em 2009.
De acordo com ele, informação da Fecomércio-RJ, cuja estimativa é de que o setor deixou de ganhar R$ 55 bilhões no ano passado por causa dos feriados, ;não reflete a realidade percebida por nós, trabalhadores, porque o comércio no Brasil e, em especial, no Rio de Janeiro e São Paulo, abre em todos os feriados;.
Patah disse que graças aos feriados ;o comércio ganhou muito e vendeu muito mais;. Os dados divulgados pela Fecomércio-RJ ;estão errados;, garantiu.
O presidente da UGT disse que se o comércio vendeu menos não foi por causa dos feriados. Ele reiterou que, além de abrir as portas, o comércio costuma faturar mais nesses dias, ;porque os trabalhadores, como metalúrgicos e bancários, que não trabalham nos feriados, vão fazer mais compras;.
Ele admitiu que o setor pode ter vendas menores este ano, mas assinalou que isso não será resultado dos feriados. Embora o trabalho em feriados e nos domingos represente um custo adicional para os empresários, Patah observou que não há prejuízo para o comércio.
;Se esse custo fosse tão alto, não haveria tanta briga, até na Câmara Federal, para manter a legislação permitindo abrir aos feriados. Se a área do comércio não pudesse abrir nos feriados seria até melhor para nós ,trabalhadores, porque muitos não querem trabalhar nos feriados. Mas, por conta da flexibilização da jornada de trabalho dos comerciários do Brasil inteiro, isso na realidade trouxe uma potencialização enorme para o comércio nas vendas;.
O resultado, segundo Patah, supera em muito os custos trabalhistas, como pagar o dia em dobro, ;que é o único custo que tem;, afirmou.