O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apresentou alta de 1,16% na terceira quadrissemana de janeiro, ante 0,85% da apuração anterior e 0,48% da primeira prévia de 2010. Essa é a maior elevação desde junho de 2008, quando a taxa havia alcançado 1,26%.
Dos sete grupos pesquisados, três apresentaram oscilação em ritmo mais intenso do que o verificado no levantamento anterior: alimentação, cuja taxa passou de 1,26% para 1,66%; transportes, de 2,32% para 3,52%, e educação, de 2,07% para 3,48%. Neste último, é comum ocorrerem acréscimos nesta época do ano por causa do início do ano letivo, com a renovação das matrículas e a compra de material escolar. A taxa, no entanto, é a maior desde fevereiro de 2008 (3,68%).
Em transportes, o IPC só foi superado pela variação de janeiro de 2007 (3,81%). As pressões decorreram, principalmente, do reajuste do transporte coletivo e da escassez na oferta de álcool combustível, cujos preços oscilaram em média 12,05% a mais do que no período anterior.
[SAIBAMAIS]Já as cotações dos itens alimentícios têm sido influenciadas pelo maior volume de chuvas nas regiões produtoras. As verduras tiveram os preços reajustados em 17,14% e as carnes bovinas, em 1,76%, refletindo acréscimos nas peças mais nobres. O contrafilé ficou 5,02% mais caro e a alcatra, 5,07%. Também pesou mais no bolso o consumo de pescados, com alta de 5,21%, e do arroz, com aumento de 4,55%.
A única deflação foi registrada em artigos do vestuário (-0,49%), na segunda queda seguida. Na pesquisa anterior, os preços tinham apresentado variação de -0,42%. Em habitação, a taxa permaneceu igual à da segunda prévia (0,15%).
Nos dois demais grupos, os aumentos ocorreram em índices inferiores aos da segunda prévia: em despesas pessoais, a taxa passou de 0,57% para 0,48%, e em saúde, de 0,29% para 0,14%.