O Banco Central da China anunciou nesta terça-feira duas medidas para tentar frear o possível reaquecimento da economia do gigante asiático, através de um aumento das taxas de reservas obrigatórias dos grandes bancos e da taxa de juros dos bônus do Tesouro a um ano.
O Banco Central chinês não explicou o motivo destas decisões, mas para os analistas as autoridades desejam evitar uma explosão dos créditos concedidos pelos bancos, que poderiam originar uma bolha financeira.
Em um comunicado publicado na internet, as autoridades chinesas anunciaram uma alta do percentual de reserva de depósitos de 0,5% ponto a partir de 18 de janeiro.
Este percentual corresponde ao montante mínimo de dinheiro que os bancos devem guardar como reserva e não disponibilizar para empréstimos. Segundo a agência oficial Xinhua, é a primeira vez que esta cifra é ajustada desde o fim de 2008.
O Banco Central não indicou quais eram as taxas atuais. De acordo com a imprensa oficial, as instituições bancárias mais importantes passariam de atuais 14,5% para 15%. Segundo a mesma fonte, este aumento não se aplicaria aos pequenos e médios bancos, que continuariam tenho um percentual de 13,5%.
Para enfrentar o impacto da crise econômica, as autoridades chinesas abriram nos últimos meses as portas do crédito, o que traz o risco de provocar uma nova disparada de títulos não confiáveis no setor bancário do país. Por outro lado, o Banco Central chinês aumentou nesta terça-feira sua taxa de juros sobre os títulos do Tesouro a um ano.
Esta medida foi adotada um dia depois do anúncio de uma disparada dos créditos outorgados na primeira semana de 2010. Segundo analistas do Citigroup, esta decisão demonstra que "as autoridades de Pequim estão nervosas diante desta política de crédito fácil dos bancos".